O que afeto tem a ver com dinheiro?

Tempo de leitura: 3 minutos

Um dos hábitos que adquiri na adolescência é ler, e mesmo quando tenho pouco tempo costumo ler umas 5 páginas por dia, para manter a disciplina.

Um livro que me chamou bastante a atenção, e que ainda estou lendo é : uma questão de caráter de Paul Tough, jornalista americano e que traz uma grande dose de pesquisas sobre o desenvolvimento infantil.

Bem no começo do livro, o autor fala sobre o quanto é importante conversarmos com nossos filhos, porque a quantidade de palavras (vocabulário) que a criança aprende ajudará a desenvolver a forma de pensar. Então converse com seu filho, conte histórias, estimule a imaginação e a criatividade.

Mas o que mais me chamou a atenção é sobre o desenvolvimento de aptidões e o relacionamento com os pais na infância.

Crianças ignoradas tendem a ser impulsivas, violentas e descontroladas.

Por outro lado, o afeto apresenta duas formas com consequências muito distintas. E analisando os impactos, dá pra perceber que em se falando de educação financeira os efeitos são os mesmos. Vou falar destes efeitos, e se voce quiser a visão original, leia o livro, vale muito a pena!

O afeto ansioso é quando pais e filhos criam uma dependência excessiva, acontece quando os pais fazem tudo por seus filhos, qualquer coisa que os filhos pedem , os pais fazem. Conheci algumas famílias assim: o filho quer fazer musica, faz o plano anual pra ficar mais em conta, dois meses depois desiste. Logo quer fazer artes marciais ou balé, matricula e novamente logo o filho desiste. Agora tem que fazer francês, italiano, espanhol, e assim vai, os filhos querendo e os pais concedendo sem questionar, afinal, se o filho quer e você tem como pagar, porque não? Porque esta atitude molda um filho cheio de vontades e desistências, sem saber o que quer, e imaturo emocionalmente, suas decisões de vida e financeiras serão efêmeras, de curta duração, na grande maioria prejudiciais ao desenvolvimento da criança. Nesta relação há pouco crescimento, autonomia ou mesmo maturidade emocional.

Outra forma de relacionamento é o afeto seguro, onde pais e filhos desenvolvem uma relação de confiança, onde um pode confiar no outro. Não há uma vigília constante, mas ensinar e deixar fazer. Falando em finanças, é dar condições a seus filhos tomarem decisões, um passo por vez, com orientação e amor.

Eu acredito que as relações entre pais e filhos precisam ser muito amorosas, de afeto verdadeiro, proporcionando um ambiente de conversa, transparência e até mesmo permitindo erros, pois é um espaço de aprendizados.

Na relação de afeto seguro, converse com seus filhos sobre dinheiro, aos poucos permita que ele compre algumas coisas em vez de comprar tudo para ele, como por exemplo em um passeio. Ensine, supervisione e deixe-o agir. Depois disso, converse com ele sobre as consequências, o que foi bom e o que pode ser melhor na próxima vez, sem cobrar, mas em um ambiente de crescimento comum. Assim, ele se sente seguro e aprende, e a relação entre pais e filhos se torna mais sólida.

Espero que tenham gostado da dica, leiam o livro para aprofundar o assunto, se gostou, inscreva-se no canal, curta, comente e compartilhe, porque o importante é que você e seu filho façam escolhas que os deixem felizes no longo prazo.

Seja feliz com suas escolhas!

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